FacebookTwitterLinkedIn

5 tendências do ecossistema de startups para 2023

Vemos os braços de uma pessoa usando um tablet, no qual mostra vários símbolos relacionados a empresas de tecnologia (como cloud, gráficos, internet) e, no meio, vemos escrito "startup". A imagem ilustra o artigo sobre as tendências do ecossistema de startups para 2023.

Com a chegada do novo ano, empreendedores podem ficar confusos com os caminhos que devem seguir para seu negócio prosperar cada vez mais. Quais serão os setores mais beneficiados? Os fundos de venture capital continuarão cautelosos? Quais estratégias são diferenciais competitivos para esse novo ciclo?

Pensando nisso, elencamos cinco tendências do ecossistema de startups para 2023. Confira abaixo!

As big techs devem sofrer menos

Depois de um ano complicado para as empresas de tecnologia, especialistas acreditam que 2023 ainda será difícil para as big techs. 

O relatório The Future of Big Tech, feito pelo grupo JP Morgan, aponta que as pressões da macroeconomia, aumento da concorrência, dificuldades na cadeia de suprimentos e estruturas de custos inchadas serão os maiores problemas desses negócios. 

Mesmo assim, há um certo otimismo. As empresas estão agora repensando suas estratégias, o que pode abrir caminho para uma era mais sustentável para o setor. 

O estudo aponta alguns movimentos interessantes das big techs. A Amazon deve aumentar sua oferta de serviços, a Alphabet, dona do Google, deve diversificar seus fluxos de receita com negócios não publicitários e a Meta deve continuar focada na inteligência artificial, ferramentas de anúncios e no metaverso.

Um ciclo turbulento para as startups?

Gustavo Brigatto, fundador do veículo Startups, costuma fazer projeções de como serão os novos anos para essas empresas tecnológicas. Como o esperado, ele levantou então algumas hipóteses para 2023. 

De acordo com o jornalista, há mais layoffs vindo. O mote do ano passado foi a preservação de caixa, mas quem não conseguiu segurar as pontas vai precisar rever as contas. 

Ele acredita também que o corporate venture capital (CVCs) estará mais ativo. Em 2022, as empresas brasileiras se comprometeram a investir mais de R$ 2 bilhões em fundos de venture capital próprios. À medida que os VCs colocam o pé no freio, os fundos corporativos ganham mais força. 

Ainda sobre esse assunto, o especialista aposta que os VCs serão impactados. Os juros altos atrapalham a captação de recursos para novos fundos e os atuais investidores devem ficar ainda mais atentos. Ele prevê compra e união de portfólios, perda de talentos para outras áreas financeiras ou para empresas e casas saindo do mercado. 

Falando em negócios financeiros, Gustavo acredita que as fintechs continuarão sendo as favoritas dos investidores. Mas, agora, passarão por dificuldades. Ele aponta que a restrição de crédito e o aumento dos juros podem impactar o segmento, enquanto bancos e carteiras digitais terão que adaptar seus modelos de negócios às novas regras do Banco Central. 

O ano da inteligência artificial

Com o aplicativo Lensa e o sistema ChatGPT, o final de 2022 trouxe discussões sobre inteligência artificial e tendências para o novo ano. Não tem como negar que essas tecnologias já são os destaques de 2023.

A aposta é tão grande que, de acordo com uma pesquisa da FrontierView, a IA pode contribuir para um crescimento de 4,2% do PIB brasileiro até 2030. 

Um estudo da Deloitte aponta que 26 países já publicaram estratégias para promover o crescimento da inteligência artificial, investindo, estabelecendo programas, fechando parcerias e patrocinando pesquisas. 

De acordo com a PwC, essa tecnologia deve contribuir em US$16 trilhões para a economia mundial até 2030. 

Sinais do mercado para 2023

Junior Borneli, fundador e CEO da StartSe, também pontuou alguns sinais interessantes do mercado para o novo ciclo.

Os ecossistemas de negócios vêm se fortalecendo. A inclusão de novas soluções em plataformas já existentes ajudam a diminuir o custo de aquisição de um novo cliente. Ele cita o Magazine Luiza como um bom case para referência. 

Borneli também fala sobre atrair a atenção das pessoas. A entrega de um conteúdo bem produzido, diferente e chamativo é muito relevante e, assim como o primeiro ponto, auxilia na diminuição do CAC. 

Sua última ressalva é referente à dificuldade e alto custo de obter dados a partir de plataformas de terceiros. O CEO acredita que vale a pena criar uma fonte primária própria para captar dados e torná-la atrativa para que as pessoas voltem com mais frequência. 

O que esperar das fintechs em 2023?

O fundo de venture capital a16z publicou um estudo, no qual aponta as principais tendências para as fintechs neste novo ano. 

De acordo com a gestora, as plataformas e soluções de infraestrutura financeira com foco em empresas (business banking) tendem a ganhar força em 2023. Esse destaque segue o boom de empresas da área que atendem consumidores finais, como, por exemplo, o banking as a service (BaaS).

Outro ponto explorado foi o compliance, que aparece no relatório como uma vantagem competitiva para as empresas. A complexidade desse conjunto de práticas aumenta conforme as fintechs ganham musculatura e precisam de novas licenças regulatórias. O Brasil já abraçou essa causa e divulgou, em março, novas regras para o enquadramento desses modelos de startup, com o objetivo de oferecer aos clientes mais segurança em suas operações. 

Como destacado anteriormente, a inteligência artificial também deve impactar o cenário das fintechs. A ideia é que novos sistemas de IA automatizem tarefas manuais que requerem muitos dados, como, por exemplo, processamento de sinistros de seguros e originação de empréstimos. 

Ebook Reforma Tributária:
Entenda as mudanças
e evite multas
e penalidades

Aproveite as oportunidades da
Reforma Tributária para maximizar
os lucros da sua empresa

Últimos posts