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O investidor-anjo e seu papel para o empreendedorismo nacional

Sentado em uma cadeira de rodinhas, um homem veste terno azul e está com os braços abertos e erguidos, punhos fechados na altura dos ombros; no lugar de sua cabeça há um cifrão na cor azul claro e de suas costas surgem duas asas brancas; exemplifica o papel do investidor-anjo nas startups brasileiras.

O número de startups no Brasil disparou nos últimos anos. Para se ter uma ideia, apenas entre 2015 e 2019, a quantidade de startups registradas no país subiu de 4.151 para 12.727, dando um salto de 207%.

Ou seja, uma média de 26,75% ao ano. Já em 2021, esse dado chegou a 13.700 negócios cadastrados no Startupbase.

Toda essa informação é apenas para dizer o que muitos já sabem: muitas dessas empresas só saíram do papel graças ao investidor-anjo.

Essa é uma figura importante no cenário das startups, já que possibilita a execução do negócio através não apenas do investimento financeiro, mas também com um recurso tão valioso quanto: conhecimento.

O que é um investimento anjo?

O conceito de investimento anjo surgiu no início do século 20, nos Estados Unidos, com a finalidade de dar nome às pessoas que custeiam peças de teatro na Broadway.

Eram investidores que assumiam não só os gastos e riscos dos eventos, mas ajudavam também nas produções dos espetáculos. No final, recebiam uma parte da arrecadação da bilheteria.

Era uma experiência tão marcante que acabou influenciando outros segmentos de negócios. E nos dias de hoje, o investidor-anjo oferece capital financeiro e intelectual para startups.

Como funciona a relação entre o investidor-anjo e a startup?

O investimento anjo é realizado por pessoas físicas, com capital próprio, em startups e empresas com alto potencial de crescimento.

Na realidade, são empresários, executivos e profissionais com vasta experiência no mundo dos negócios e que agregam valor à nova empresa, levando conhecimento, experiência, rede de relacionamentos e também dinheiro.

Para chegar nesse patamar é preciso estreitar as relações e conhecer a fundo o plano de negócio do empreendimento. Assim, em uma startup é importante avaliar quatro áreas: tecnologia, área comercial, marketing e desenvolvimento de produtos.

Como o mercado é extremamente concorrido, conseguir investimentos é sempre um desafio, até porque o investidor-anjo não conhece tão bem o negócio que poderá receber os recursos financeiros.

Por isso, o investidor-anjo vai esmiuçar o negócio, propor mudanças, avaliar cenários e, principalmente, se é o momento certo para investir nessa startup.

Muitas vezes o projeto pode ser bom, mas a iniciativa não é nenhuma novidade no mercado. Por outro lado, se a ideia é inovadora, a solução pode gerar vantagem competitiva, o que pode atrair os investidores com mais facilidade.

Quais são os grupos de investidores-anjos que se destacam no Brasil?

O investidor-anjo é o responsável por aportar capital nas startups ainda em estágio inicial, viabilizando vários negócios que vão ganhar visibilidade e relevância.

No Brasil, existem muitos grupos de investidores-anjos que se destacam nesse mercado.  São aqueles que preferem investir de forma coletiva, o que lhes traz mais segurança, além de oferecer diversos pontos de vista e competências complementares.

Assim, entre os principais grupos de investidores-anjos no cenário brasileiro, podemos destacar:

Anjos do Brasil

Essa é a rede mais antiga e tradicional quando o assunto é ecossistema de startups. Fundada em 2011, ela reúne 500 investidores em núcleos espalhados pelo Brasil.

Insper Angels

É uma rede de investidores-anjos formada e gerida por ex-alunos do Insper, e tem como essência fomentar o empreendedorismo brasileiro. A rede conta com mais de 450 investidores dos mais diversos segmentos.

GV Angels

Formado por ex-alunos da Fundação Getúlio Vargas, conta com 270 membros associados e já investiu R$ 45 milhões em 44 startups.

Bossanova Investimentos

A Bossanova foi criada por João Kepler e Pierre Schurmann, dois investidores-anjos que uniram seus portfólios pessoais para criar um fundo de micro venture capital. Eles investem em startups que já receberam investimento-anjo ou que foram aceleradas, mas que ainda não estão prontas para uma Série A.

Em média, o grupo investe entre R$ 100 mil e R$ 500 mil por negócio. Atualmente, mais de 200 anjos já receberam investimento da Bossanova, inclusive a BHub.

Se você quiser saber mais informações sobre a parceria BHub e Bossanova, clique aqui.

Gávea Angels

A Gávea Angels é uma associação sem fins lucrativos que nasceu com o objetivo de transformar o bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, em um polo de inovação e empreendedorismo. O grupo é uma iniciativa do Instituto Gênesis, da PUC-RJ.

O primeiro aporte de capital realizado pelos membros foi em 2004, mas o grupo está em atividade desde 2002. Por isso, muitos dizem que a Gávea Angels é a primeira rede de investidores-anjos do Brasil.

Norte Ventures

Outra parceira da BHub, a Norte Ventures também é destaque neste cenário. Criada em 2019, o grupo conta com pelo menos 100 fundadores de grandes startups, como iFood, Gympass, MaxMilhas, Kovi, entre outras.

Como o empreendedor pode conhecer um investidor-anjo de confiança?

Embora existam muitos investidores-anjos em busca de um empreendimento para aportar recursos financeiros, a realidade é que não é fácil encontrar um.

Isso porque eles quase nunca se definem como tais, o que dificulta a pesquisa, por exemplo, em plataformas como o Linkedin.

Então, se você tem um empreendimento e quer encontrar um investidor, você precisa buscar pelas redes que conectam a essas pessoas.

Nesse sentido, existem algumas dicas que podem te ajudar no processo de conhecer um investidor-anjo de confiança para o seu negócio. Confira a seguir:

Rede de conhecidos

Ter uma boa rede de relacionamentos pode te ajudar a encontrar a oportunidade que você tanto almeja.

Através dela, a conexão pode se dar não apenas através dos seus contatos diretos, mas também por meio de amigos de amigos que vão realizar uma ponte até um investidor-anjo.

Incubadoras

Tratam-se de projetos ou empresas projetadas para ajudar os empreendedores nos estágios iniciais de seus negócios, oferecendo capital e experiência.

Dentro desse formato, podemos destacar a Cietec, que é ligada à Universidade de São Paulo; o Instituto Gênesis, ligada à PUC-Rio, e também a Inova, atrelada à UFMG.

Além das incubadoras universitárias, uma aceleradora de muito destaque no Brasil é o Cubo Itaú. Considerado um dos maiores ecossistemas de startups da América Latina, o Cubo conta hoje com mais de 300 negócios em 20 segmentos diferentes. A BHub é uma das residentes desse habitat.

Startups Database

Existem bancos de dados em plataformas digitais de pesquisa nos quais você pode encontrar e saber mais sobre todo o ecossistema das startups e, inclusive, sobre os investidores.

Como exemplo, podemos destacar a Amcham Lab, maior comunidade brasileira, e a Startupbase, criada pela Associação Brasileira de Startup.

Grupo de investidores-anjos

São investidores que preferem aplicar seus recursos de forma coletiva e que, por isso, podem ser facilmente encontrados na internet.

Portais de financiamento e crowdfunding

São plataformas colaborativas em que interessados apostam e pagam para ver a concretização de um projeto.

Como exemplo, a Captable reúne 40% dos investimentos em crowdfunding no Brasil.

Economicamente falando, qual é o papel do investidor-anjo para o ecossistema de startups?

É claro que um dos principais papéis do investidor-anjo é fornecer capital a startups ainda em estágio inicial, emprestando também sua credibilidade, que abre outros caminhos no mercado.

Para além disso, o investidor-anjo recebe por seu investimento uma participação societária minoritária no negócio.

Porém, não assume posição executiva na empresa, mas atua como um conselheiro, orientando os empreendedores e participando das decisões estratégicas.

Essa forma de atuação aumenta muito as chances de sucesso, desenvolvimento e de visibilidade do negócio no mercado.

A BHub pode te ajudar!

A BHub oferece serviços para ajudar outras startups a crescer. Nós sabemos que, em uma empresa em estágio inicial, o foco deveria ser o negócio em si, mas a atenção sempre é desviada para cuidar da parte burocrática que envolve finanças e contabilidade. 

Pensando nisso, desenvolvemos um serviço de gestão por assinatura. Nós cuidamos de toda rotina do seu negócio, como contas a pagar, folha de pagamento e conciliação bancária.

Assim, você opta pela assinatura mensal que cabe no seu orçamento, e que garante um custo mais acessível do que ter um time próprio para realizar essas atividades.

Conte com os especialistas da BHub para resolver a parte administrativa da sua empresa. Fale conosco e conheça nossos planos!

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