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O que é cash burn? Como não queimar o dinheiro do seu negócio

Para startups em estágio inicial, ter dinheiro em caixa é essencial para manter a empresa saudável. No entanto, apenas possuir o capital não é o suficiente. Nesse momento, é imprescindível manter uma boa administração dos gastos internos, entendendo como eles podem alavancar ou prejudicar a saúde financeira do negócio. Para esse fim, uma variável de vital importância é a taxa de cash burn da empresa.

Essa taxa mede o ritmo em que uma empresa gasta o capital e indica quanto tempo resta para que o fluxo de caixa se torne negativo. Ou seja, ele demonstra em quanto tempo a empresa queimaria todo o seu dinheiro, mantendo suas condições de operação atuais.

Em geral, as empresas calculam o cash burn mensalmente. Porém, essa frequência pode mudar, dependendo do estágio atual do negócio, sendo um elemento essencial para sua sobrevivência e seu crescimento.

Diferentes variáveis estão envolvidas na compreensão deste conceito. Para entender melhor, continue conosco!

As duas métricas principais

Duas das variáveis mais importantes que influenciam a taxa de cash burn das startups são o custo de crescimento e a economia da unidade. O primeiro elemento refere-se aos custos que incidem sobre as despesas operacionais, incluindo aluguel, salários e pacotes de benefícios, por exemplo. Já o segundo refere-se ao valor adquirido pela empresa com cada venda de produto ou serviço.

As lideranças das startups devem ter um controle sólido sobre essas duas métricas. Afinal, elas serão os principais fatores para orientar o cálculo preciso do cash burn.

Por que o cash burn é importante?

Como a taxa de cash burn mostra a quantia em dinheiro sendo gasta pela empresa, ela atua como uma medida ideal de sustentabilidade. Se os resultados apontarem para um futuro financeiro instável, os donos podem planejar a garantia de capital antecipadamente e evitar possíveis problemas adiante.

Outro benefício desse cálculo é que ele auxilia as empresas iniciantes a saberem quanto tempo ainda possuem antes que os recursos financeiros se esgotem. Isso permite que elas estabeleçam uma trajetória mais sólida. Com uma melhor compreensão desse prazo, as empresas podem desenvolver estratégias consistentes para gerenciar o fluxo de caixa de forma eficaz e continuarem operando.

Além disso, os investidores costumam usar essa taxa para determinar os valores de financiamento específicos que vão ceder a uma startup. Comparando o plano de negócios com a burn rate é possível determinar a probabilidade de sucesso da empresa. Daí, uma vez que o investidor estende o financiamento, ele pode recalcular a taxa periodicamente para avaliar o estado do negócio.

Caso a taxa esteja aumentando, ele poderá questionar o porquê disso estar acontecendo. Com isso, a própria empresa pode detectar problemas de forma proativa e corrigi-los antes que os investidores alterem o financiamento.

Vale mencionar que uma taxa de cash burn alta não necessariamente se reflete em resultados negativos. Para startups de rápido crescimento, uma taxa alta e estratégica, que visa ganhar participação de mercado, conquistar clientes e gerar maiores lucros, pode ser uma boa alternativa.

Como calcular a taxa de cash burn

Existem dois resultados principais neste cálculo: a taxa de cash burn bruta e a líquida.

A primeira é aplicável a situações de fluxo de caixa operacional positivo, negativo e equilibrado. Já a segunda se aplica apenas em situações de fluxo de caixa negativo.

É importante lembrar que, se você calcular a queima de caixa hoje, este é um cálculo pontual. O valor muda mensalmente com base no faturamento e nas despesas atuais.

Taxa bruta de cash burn

A taxa de cash burn bruta não leva em consideração se o fluxo de caixa operacional é positivo ou negativo. Ela simplesmente busca entender por quanto tempo será possível financiar as operações, caso não haja entrada de capital.

Para calculá-la, são necessários dois valores: as despesas operacionais totais da empresa e o saldo de caixa atual. Por exemplo: a empresa tem R$ 1 milhão no banco e uma despesa operacional mensal de R$ 200 mil. Basta, então, dividir o capital em caixa pelas despesas mensais.

No caso exemplificado, o resultado indica que cinco meses é o tempo que a empresa conseguiria se sustentar apenas com o valor que já tem guardado.

Taxa líquida de cash burn

A taxa líquida se aplica somente a casos em que existam prejuízos operacionais. Através dela, é possível entender quanto tempo o caixa vai durar com base nos gastos atuais.

Esse cálculo exige o conhecimento do saldo de caixa e do prejuízo operacional atuais. Por exemplo: a empresa tem R$ 1 milhão e uma despesa operacional mensal de R$ 200 mil. Porém, a empresa tem uma receita mensal de R$ 100 mil. Dividindo o capital total pelo valor investido, de R$ 100 mil (200 – 100 = 100), a taxa de cash burn líquida encontrada é de 10 meses.

Como reduzir a taxa de cash burn

Existem muitas medidas que as startups podem tomar para reduzir sua taxa de cash burn e evitar que o dinheiro acabe. Elas podem tentar aumentar suas receitas, obter mais clientes potenciais, gerar mais vendas e aumentar os preços.

Outras medidas incluem redução de custos operacionais, contenção de despesas mensais, redução de salários, adiamento de novas contratações e corte de todas as despesas que não estão contribuindo para a lucratividade.

Compreender como funciona a taxa e analisar a economia da unidade e o custo de crescimento podem ajudar as empresas a tomar decisões mais estratégicas e assertivas. Isso porque os empreendedores estarão informados sobre o capital que precisam arrecadar para cobrir a burn rate e atingir suas metas.

Por isso, reúna os relatórios financeiros dos últimos meses e gaste o tempo que for necessário para entender o que está acontecendo. Houve alguma mudança na receita ou nas despesas? Você consegue identificar quando aconteceram e em qual área do negócio?

Para qualquer empresa que não esteja gerando lucro, entender a burn rate é um exercício valioso e aprender a ser estratégico se torna um aspecto fundamental – principalmente para as startups que estão de olho no futuro e buscam equiparar sua estratégia de gastos com os seus objetivos.

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