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BWoman: confira os highlights deste encontro de mulheres empreendedoras

Painel BWoman

Aconteceu hoje (10) mais uma edição do BWoman, evento promovido pelo BHub Club. Desta vez, em uma versão mais intimista. As portas da BHouse, em São Paulo foram abertas para cerca de quarenta mulheres discutirem o papel feminino na tecnologia e na gestão de empresas

De acordo com a Catalyst, apenas 24% dos cargos de liderança executiva são ocupados por mulheres. E, apesar das empresas que têm elas como líderes apresentarem melhores resultados financeiros, as mulheres ainda são menos propensas a serem promovidas e incluídas em programas de treinamento para assumir esses espaços. 

Vanessa Muglia, CLO e cofundadora da BHub, Marcela Quintella, COO da Education Journey, Nathalia Brandão, diretora de tax da Hotmart, Juliana Alencar, CEO da Weird Garage, e Nathália Brandão, head de inovação da Ambev, deram o pontapé inicial no painel que gerou grandes discussões e reflexões entre as presentes. 

Paradigmas de gênero

A primeira parte do evento girou em torno de como os paradigmas de gênero influenciam mulheres na escolha de uma carreira. A maioria das painelistas comentou que não tinha pensado nisso ao escolher um curso superior, mas que, ao ingressar no mercado de trabalho, a percepção mudou. 

A CLO da BHub e a diretora da Hotmart, ambas advogadas, compartilharam sobre a rotina em escritórios de advocacia. Em todos pelos quais passaram, sentiam que os homens eram privilegiados. Brandão comentou: “Crescer no escritório e ter sucesso profissional não era o suficiente”. 

Para Quintella, que veio do marketing, as diferenças de gênero só ficaram mais explícitas quando entrou para o mundo da inovação. Ela ajudou a criar o departamento de marketing da Loft e, mesmo assim, sentia que precisava provar sua capacidade o tempo todo. Marcela não sabia dizer se era porque tinha apenas 23 anos ou pelo simples fato de ser mulher. 

Problema cultural

Ao trocarem as experiências, ficou nítido que o problema não é só uma questão corporativa, mas cultural. No entanto, é importante que as empresas tenham estratégias que fomentem a diversidade. 

“Os pilares da cultura da empresa precisam ser muito fortes. Precisam abordar exemplos de coisas que realmente podem acontecer. É a cultura vivida de verdade no dia a dia”, explicou a diretora da Hotmart.

A head da Ambev acredita que a porta de entrada está aberta e que as mulheres estão mais presentes no mercado de trabalho. Mas ela aponta que, agora, o problema é sustentar essa mudança. 

“Não é mais somente sobre abuso e assédio. É a sofisticação da violência”, complementou. A executiva se preocupa que violências sutis – ou seja, aquelas que não são tão fáceis de serem notadas – impeçam as mulheres de crescer. 

Mais mulheres, mais aportes

Vanessa lembrou que, alguns anos atrás, os fundos de venture capital estavam priorizando negócios comandados por líderes femininas. E Juliana complementou sua fala: “O tema avançou para o caráter estratégico. Diversidade é um critério de inovação”.

Segundo a CEO da W.G., o Vale do Silício provou essa afirmação. Uma mesa diversa aumenta a chance do produto ser global. Até a B3 está seguindo a tendência e exigindo diversidade para que uma empresa abra capital. 

“Vamos ter diversidade ou pelo amor ou pela dor”, finalizou Alencar. 

Os três principais insights

As painelistas do BWoman chegaram a algumas conclusões após as trocas. A primeira delas foi dita pela head da Ambev: “As mulheres precisam falar naturalmente sobre negócios”. 

O insight veio após a discussão ter como tema o próprio evento. As quatro questionaram as participantes se já haviam assistido um painel sobre “liderança masculina”. Marcela até apontou: “Eu tenho capacidade para falar sobre outras coisas. Não preciso estar sempre no painel sobre empoderamento feminino”.

Outra conclusão importante veio da conversa sobre por que as mulheres não se candidatam a uma vaga quando preenchem apenas 60% dos requisitos, enquanto os homens não se preocupam com isso. “Precisamos ter a autoestima de um homem”, brincou Quintella.

E a última veio da Juliana, que frisou a importância das mulheres se comunicarem de forma segura e objetiva. “Precisamos subir a régua. Buscar mais dados e desenvolver mais skills. Assim, estaremos cada vez mais completas e acima do mercado”, ponderou. 

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