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Conheça mais sobre Babi Teles, uma das painelistas do BWoman BH

babi teles

Depois de levar mais de uma centena de líderes e empreendedoras a São Paulo, o BWoman, evento que promove networking e discute o protagonismo feminino no mercado de trabalho, desembarca em Belo Horizonte no dia 22 de junho. Diversidade, inclusão, o futuro das relações de trabalho entre líderes e liderados e as estratégias de retenção de talentos nas empresas estão entre os temas que serão debatidos na capital mineira. 

Um dos nomes confirmados no BWoman é o de Babi Teles, fundadora de duas startups, a 99jobs.com e a Paxe. Hoje, Babi é responsável pela área de Cultura & Pessoas na DeÔnibus, marketplace de viagens rodoviárias. Jornalista de formação, ela atua há mais de 10 anos com recursos humanos, passando, por exemplo, pela Odebrecht, atualmente chamada de Novonor.

Nesta pequena prévia do que será discutido no dia 22, Babi bateu um papo com a equipe de marketing da BHub e antecipou algumas das visões que levará ao público que comparecer ao evento. Veja!

BHub: Na sua visão, quais empresas são exemplares na construção de culturas inclusivas?

Babi Teles: SAP, TW (ThoughtWorks), Loggi e VoxCapital.

BHub: Uma pesquisa feita em 2021 mostrou que apenas 16,9% dos fundadores de startups são mulheres. E o aumento da liderança feminina pode ajudar a tornar as empresas mais lucrativas, mais competitivas. Como você enxerga esse número? O que é possível fazer para aumentá-lo?

Babi Teles: Bom, considerando que as mulheres representam mais da metade da população brasileira, o dado nos diz que há algo desproporcional nesta porcentagem, para não dizer outra coisa. 

Além de reformular a base educacional e cultural socialmente falando e seguir desenvolvendo práticas mais inclusivas, é preciso redesenhar o ecossistema como um todo. Somente na última quinzena de março de 2020 (início da pandemia do coronavírus), de acordo com o IBGE, 7 milhões de mães perderam seus empregos por, segundo a maioria dos seus empregadores, ‘não conseguirem conciliar o trabalho com as tarefas domésticas’. Me pergunto se os pais passaram por isso, na mesma proporção. 

Aliás, destes 16%, quantas começaram a empreender por necessidade e não oportunidade? Enquanto houver discriminação, o número de mulheres empreendedoras e em posições de liderança dificilmente vai mudar. A solução é muito mais sistêmica e cultural do que pode parecer.

BHub: Atração e retenção de talento são grandes desafios para a área de RH. O que você destacaria que é mais importante para segurar gente talentosa nas empresas?

Babi Teles: Valores. A gente hoje vive em um mundo com valores sendo questionados e com princípios individuais supervalorizados. Um ambiente de trabalho que beneficie as relações baseadas no respeito e que estimule a autenticidade das pessoas, favorecendo para que utilizem da transparência e honestidade para perseguirem seus objetivos em comum acordo com os da organização, tendem a reter os melhores talentos.

BHub: Qual é a empreendedora que você mais admira? Por quê?

Babi Teles: Seria injusto eu dizer ‘mais’ porque tenho muitas mulheres para admirar e em perspectivas diferentes. Mas aqui vou trazer a Maitê Lourenço. Mulher, negra, de origem trabalhadora, teve a ousadia de criar o primeiro ecossistema de inovação e tecnologia para pessoas negras, a BlackRocks. Criar acesso, dar visibilidade e buscar capital para investir em pessoas negras, no Brasil, é para poucos. Maitê é pura inspiração.

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